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A sustentabilidade explicada

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Para melhor compreensão do conceito de sustentabilidade no desporto e na organização de eventos desportivos é necessário perceber à partida os 3 vectores que compõe todo o processo - Sociedade, Ecologia e Economia - bem como as relações que se estabelecem entre estes.

Houve tempos em que as preocupações no sector do desporto e da organização de eventos desportivos se centravam fundamentalmente no vector económico, uma vez que este sector não gerava normalmente receitas suficientes na venda do produto desportivo e por isso necessitava de apoio “a fundo perdido” por parte de alguns “benfeitores”.

Hoje em dia, estes assumem o papel de patrocinadores e procuram retirar benefícios económicos da relação que estabelecem com o desporto, aumentando as suas vendas directa ou indirectamente.

Com o passar do tempo, tanto a prática desportiva regular, como as competições locais, nacionais ou internacionais foram vistas como actividades que, promovendo bem-estar aos cidadãos, mesmo assim geravam poluição e degradação dos espaços e instalações naturais.

Nesse momento a preocupação centrou-se no respeito pelo ambiente, tendo iniciado uma vaga de acções de recolha e separação dos lixos, utilização de materiais biodegradáveis, entre outros.

Satisfeita a parte económica e ecológica, o desporto começou a ser encarado de outro modo pelas empresas que perceberam que o seu envolvimento neste tipo de actividades enquanto patrocinadores transferia os valores de respeito pela natureza e boas práticas económicas para a sua actividade e que as dotava de um carácter humano aproximando-as dos seus clientes.

O vector da sociedade fecha o ciclo que nos permite compreender o que é a sustentabilidade, e através deste pondera-se o que, sendo realizado com um conjunto de boas práticas económicas e respeitando o ambiente, produz efeitos benéficos para a sociedade.

Evento Viável

A relação entre a economia e a ecologia permite-nos perceber o que é viável.

Para a realização de um evento de exterior existe a necessidade de causar o menor impacto possível na natureza, permitindo uma “devolução” do espaço após o evento, pelo menos nas mesmas condições em que se encontrava antes do mesmo.

Isto não significa que não sejam feitas obras, alterações ou construções no local para que o evento funcione. Significa sim que, aquilo que for feito terá de ser retirado deixando o local com as mesmas condições em que se encontrava.

Para que tal seja possível existem pelo menos duas hipóteses:

Utilização de materiais extremamente avançados e adaptados ao efeito (e por isso caros), de modo a causar o mínimo impacto e reduzida quantidade de obras de recuperação do espaço após evento;
Utilização de materiais correntes (e por isso mais baratos), com o consequente impacto e implicando mais quantidade de obras de recuperação após evento;
Em ambas as hipóteses existe um importante investimento a realizar e por isso o projecto de organização do evento deverá fazer um orçamento para o efeito.

A possibilidade de este orçamento ser pago ou não determinará se o evento é viável ou não.
O conceito de viabilidade tem uma conotação económica mas depende das restrições ecológicas a que se deve obedecer no projecto em causa.

Evento Equitativo

Um evento equitativo é aquele que proporciona um retorno económico adequado ao investimento que é feito e oferece um serviço (espectáculo desportivo) pelo qual os espectadores estão dispostos a pagar o preço pedido. Para além da receita de bilheteira, o desporto gera outro tipo de receitas, o que se reveste de particular importância nos desportos na natureza onde por norma não é possível vender bilhetes.

Nesses casos, a organização dos eventos deverá proporcionar formas de os patrocinadores obterem o retorno que esperam do seu investimento, quer directa quer indirectamente.

Hoje em dia o evento desportivo oferece normalmente um conjunto de serviços associados, restauração, alojamento, viagens, lembranças, experiências, e são as empresas que oferecem esse tipo de serviços que por norma se disponibilizam a patrocinar os eventos.

Encontrar o equilíbrio entre o que se oferece e o que se obtém em retorno fará o evento equitativo numa perspectiva económica, estando esta dependente sempre do espectador, ou seja, do cliente.

Evento Tolerável

A sociedade empresarial do século XXI gira à volta das preocupações ambientais, quer de modo legítimo, quer por imposição dos seus clientes. Este fenómeno foi intensificado em larga escala nos últimos anos pelas redes sociais, onde é possível difundir um acontecimento por todo o mundo com custo zero e em poucas horas.

Um evento tolerável obedece a duas perspectivas, ecológica e sociedade, e pode considerar-se como tal quando o impacto causado no ambiente é aceite pela sociedade, ou seja é tolerado.

Pode por vezes ocorrer que, dada a importância que determinada população atribui a um determinado evento desportivo, esta tolere um nível de degradação do ambiente que outra população não toleraria.

Por este facto o evento tolerável depende mais da perspectiva humana da sociedade do que do impacto ambiental que causa.

Evento Sustentável

O evento sustentável é o que combina os 3 vectores – economia, ecologia e sociedade -, é projectado com respeito às 3 perspectivas duais – economia/ecologia, ecologia/sociedade, sociedade/economia -, sendo portanto encarado como viável, tolerável e equitativo.

A sustentabilidade é um processo complexo pela quantidade de intervenientes que é necessário satisfazer e simultaneamente simples se observado e implementado como um processo entendido como parte da cultura do organismo que promove o desporto ou evento desportivo.

Um programa de sustentabilidade para um desporto, organização desportiva ou evento desportivo deve ser composto por um conjunto de acções que procurem encontrar as melhores soluções nas seguintes áreas:

  1. Criar um compromisso e estratégia de sustentabilidade – o organismo deve criar um compromisso com a sustentabilidade. Não se trata de um programa a implementar por um departamento específico do organismo mas sim parte da cultura do mesmo, sendo necessária a adopção por toda a estrutura;
  2. Gestão – estabelecer acções de gestão com vista ao planeamento, implementação e avaliação do programa. A produção de relatórios é de importância extrema para darem conta do sucesso – ou não – das acções implementadas e permitirem a aprendizagem organizacional;
  3. Selecção dos locais e construção – seleccionar locais adequados ao evento e com o mínimo de alterações necessárias e possíveis de recuperar após evento.
  4. Locais, Instalações e gestão de escritórios – utilização de espaços para gestão do evento, bem como outras estruturas de gestão e serviços associados que impliquem o mínimo de despesa, impacto e custo de reposição;
  5. Comunidade e cadeia de abastecimentos – integrar o evento na comunidade, procurando beneficiar a mesma no âmbito dos 3 vectores, sobretudo procurando que esta seja o fornecedor principal do evento;
  6. Transportes e alojamento – utilizar transportes com baixa emissão de poluição, partilhar transportes e utilizar alojamento próximo do local do evento para evitar deslocações;
  7. Restauração, comidas e bebidas – parcerias com empresas locais mediante ementas pré-concebidas, adequadas em termos de nutrição, desperdícios, facilidade de acesso e preço;
  8. Marketing e Comunicações – utilização de suportes com baixo impacto em termos de desperdício, uso de papéis e tintas, e preferencialmente que possam ser reutilizados. Privilegiar a comunicação digital;
  9. Envolvimento dos atletas e do público – envolver os participantes através de informação e acções partilhadas, de modo a transferir a cultura da sustentabilidade para os mesmos.

 

"Se você tem uma laranja e troca com outra pessoa que também tem uma laranja, cada um fica com uma laranja. Mas se você tem uma ideia e troca com outra pessoa que também tem uma ideia, cada um fica com duas." Confúcio

 

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